A boca está sem flores
As palavras secaram e caíram
Os olhos não têm mais o aconchego do sol de outono
As lágrimas murcharam
As mãos atrofiaram carentes de novas sementes
O coração não é mais fértil
A luz do sorriso perdeu seu brilho
Os pensamentos rastejam pelo chão
em busca das cores do desejo
que se esvaneceram
A rigidez despedaçou as pétalas do abraço
O sentimento, doce e único,
ficou desprotegido
pelo vento forte e incansável!
Está oco e frágil…
O que era vigor hoje se mostra
dissabor
A corredeira se cansou de buscar
as notas musicais
Elas se curvaram diante da paisagem estática.
Colagem e poema de Lígia Velozo Crispino
amei
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